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quinta-feira, 17 de junho de 2010

De quem é a culpa?


Não entendo muito de futebol, por isso não esperem de mim uma análise crítica sobre qualquer jogo de bola. Mas diante dessa grande festa que é a copa do mundo, todos parecem ser peritos no esporte e resolvem dar a sua opinião.
Por isso não posso deixar de comentar sobre a vitória surpreendente da Suíça no jogo contra a Espanha. A Espanha, tida por muitos como um dos favoritos para a vitória na Copa, juntos com times como Brasil (que depois do vergonhooso jogo passado, nem sei se encaixa na lista) França e Itália, não atuou muito bem nesse jogo, tomando gol de um time que, vamos ser sinceros, eu nem sabia que estava na Copa.
E de onde veio isso? O que aconteceu? De quem é a culpa?
Olha... culpados estão achando um monte. E não são quem vocês pensam. Não é culpa do técnico, dos jogadores e nem do juíz (como assim, a culpa é sempre do juíz!). Não, dessa vez o buraco é mais embaixo. Um dos culpados, ops – minto – uma das culpadas é Sara Carbonero, namorada do goleiro e capitão Casillas. Ela é repórter de uma TV espanhola e trabalhou atrás do gol do amado durante a partida. O jornal 'Daily Mail', então, publicou que a jornalista atrapalhou o goleiro espanhol. Mas não para por aí: após o jogo, em entrevista com o goleiro, Sara questionou o que havia ocorrido, mas Casillas, parecendo sem jeito e mal conseguindo olhar para a jornalista, não sabia o que responder. Hum... como será que ela estava atrapalhando o goleiro espanhol?
Mas ela não é a única culpada. O outro autor da perca da Espanha está mais perto do que imaginamos. Segundo o site informativo chinês “Sina.com” a derrota foi causada pela maldição do Rei do Futebol, Pelé.
Diz o site, que Pelé afirmou que a Colômbia era a favorita da Copa de 1994, mas o time caiu na primeira fase. Em 2004 o brasileiro apontou Inglaterra, França e Itália como principais candidatos ao título da Eurocopa, mas o troféu ficou com a surpreendente Grécia. E agora, em 2010, a maldição de Pelé cai para a Espanha, que ele julgou ser a favorita para a taça da Copa.
Por favor, Pelé, te pedimos encarecidamente: não torça para o Brasil!
E Sara Carbonero, uma pergunta? Onde você estava no jogo do Brasil contra a Coréia do Norte?

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Os “Vida-louca” que se preparem – tem coisa feia indo para aí!


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o fim da prisão especial para quem tem curso superior. A decisão foi tomada nesta terça-feira (dia 1º), mas precisa ainda passar pelo plenário e pela sanção presidencial.
Pela proposta, não só os formados foram excluídos do privilégio da prisão especial, mas também os padres, pastores, bispos evangélicos, pais de santo, pessoas com títulos recebidos pela prestação de serviços relevantes e também os políticos. Sim, os políticos! O crime agora pode ficar bem mais organizado, com todos no mesmo presídio. Só saem dessa regra os juízes, o presidente da República (Ufa, Lula! Essa foi por pouco!), integrantes do Ministério Público Federal (Ahh!).
Os juízes, porém, poderão decidir a concessão de prisão especial, caso sinta que o réu corre risco de vida ou ameaça da sua integridade física.
Dá pra imaginar Paulo Maluf, Roberto Arruda, Edir Macedo, algum padre pedófilo (escolha o padre pedófilo mais perto de você – existem casos por todo o mundo) e um traficante (pode ser da sua família, ou do morro do Rio - escolha o mais perigoso) reunidos no mesmo lugar?
Por isso, PCC e Comando Vermelho que se cuidem. Vem vindo aí um bando bem pior que vocês!

terça-feira, 1 de junho de 2010

A minha ficha é limpa


O projeto Ficha limpa tem dado o que falar. Sua aprovação no pelo Senado e a Câmara no útimo dia 19 (quarta-feira), deu ao povo brasileiro uma esperança de que mais essa história não acabe em pizza. Finalmente a pressão popular conseguiu o que queria. Entretanto podemos ficar tão felizes com isso? Poderiam os políticos terem uma carta na manga contra esse avanço da população?
Sim, eles tem. O projeto trás uma brecha - como quase todas as leis nesse país: o veto para candidatura só é permitido a candidatos com condenações colegiadas, deixando de fora crimes civís, como trabalho escravo e irregularidades em obras. Com isso muitos parlamentares podem se candidatar tranquilamente aos seus cargos almejados e permanecer no poder. É o caso do deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) que foi condenado pelo TRT, em segunda instância, por fringir direitos trabalhistas. As denúncias do Ministério Público era de que ele manteria trabalhadores em trabalho escravo. Segundo o projeto aprovado, esse candidato está com a sua ficha limpinha!
Podemos falar também do deputado do DEM-SP Jorge Maluly, que também está com sua ficha limpa, mesmo sendo condenado por improbidade administrativa por três desembargadores do TJ-SP. Crime de improbidade que causam inelegibilidade são as resultantes do enriquecimento ilícito e não consta nos julgamentos do projeto Ficha Limpa.
Já Paulo Maluf (PP-SP) não teve a mesma sorte. Por sua condenção ter sido de instância colegiada (foi condenado por compra supostamente superfaturada de frangos congelados), pelo projeto não poderá fazer parte das eleições. Ele nega as acusações, disse que recorrerá ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e que não desistirá da candidatura.
Se fosse eu também não desistiria, afinal há mais uma carta na manga – a língua portuguesa! O senador Francisco Dornelles, do mesmo partido de Maluf, apresentou uma emenda de plenário ao projeto, fazendo algumas alterações. Em todos os casos, onde havia “que tiverem sido condenados” e suas variações passaram a ser redigidas como “que forem condenados”. Assim, a proibição para que pessoas com condenações por colegiados se candidatem a cargos eletivos só valerá para sentenças proferidas após a promulgação da lei. Trocando em miúdos, todos os podres do passado não contam mais.
Políticos bondosos! Cumprem as regras cristãs – perdoam os pecadores do plenário.
Essa é, portanto, a Ficha Limpa que estão aprovando. Um golpe de mestre a todos nós. O plano perfeito: ficamos felizes com a promulgação da lei que lutamos para instaurar, os deputados e senadores ganham popularidade, e todos se reelegem do mesmo jeito e podendo dizer com a boca cheia “a minha ficha é limpa”!
Ah é! E tem a chance que esse filme de horrores seja adiado para próxima eleição. Para essas, há uma grande possibilidade de ver o circo chinfrinho a que estamos acostumados em todo ano de eleição.