Pages

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Você crê na sua verdade?


Acho que já comecei mal o titulo. Não deveria ser destinado a você, mas a mim: “eu creio na minha verdade?”. È assim que deveria ser. È uma pergunta que surgiu em minha mente para que eu responda, e não para que eu a faça e passe para frente. Mas mesmo assim quero compartilhar com o leitor minhas conclusões sobre isso.

Sempre gostei do Livro de Tiago, do novo testamento da Bíblia. É o manual para todo o cristão autêntico. Esses dias, li sobre uma passagem que dizia que a fé sem obras é morta. Sim, concordo com isso totalmente, mas isso me despertou perguntas sobre a minha própria fé.

Eu creio na minha fé? Lógico, claro, senão não estaria a tantos anos na igreja, falando do amor de Cristo. Mas eu creio realmente na minha fé? Com o “realmente” fica um pouco mais difícil responder.

Você pode estar aí sentado em frente o computador pensando: “Como assim, ela sempre falou que foi cristã, o que está acontecendo com a Jéssica?”. Para não gerar tais confusões quero explicar o motivo da minha dúvida.

Quero analisar as religiões por aí afora. Vamos aos nossos queridos Testemunhas de Jeová, que todo domingo de manhã batem na porta da nossa casa, com aquela malinha preta, e o seu panfletinho sobre a vida eterna. Tem os que nem os atendem, mas eu faço questão de ficar horas e horas conversando com eles. Pena que faz muito tempo que nenhum deles passam em minha casa, não sei porquê. Muitos dizem: “Ah! Os TJs?! Enchem o saco! Falam, falam e falam, tentando nos convencer da fé deles! Isso é muito chato!” . Já tentaram questionar sobre algo da bíblia com algum deles? Eles sabem tudo de cor! Tem um conhecimento da Palavra impecável! E ainda por cima, sol ou chuva, toda semana passa na porta da sua casa para te falar sobre a vida eterna segundo a religião deles.

Agora falaremos sobre a segunda maior religião do mundo, o Islamismo. Não tenho nenhum amigo muçulmano para poder dar um exemplo de sua fé, contudo sei que acreditam piamente no alcorão, de tal maneira que os países com maioria islâmica, adotam o alcorão como centro das leis do país, a educação é fundamentada nos preceitos da Maomé e tudo gira em torno de sua religião.

Uma professora da minha mãe estava contando na classe que conheceu na faculdade um muçulmano. Muito feliz, e querendo falar de sua fé cristã a ele, entrou no assunto, pedindo-lhe um alcorão, pois nunca vira antes esse livro. O moço respondeu que não poderia doá-lo, pois era contra a tradição, mas não haveria problema cedê-lo a algum homem. Um amigo que estava perto dos dois resolveu aceitar o presente. Foram a uma sala. O islâmico abriu a porta de um armário para pegar o alcorão. Os olhos dos seus amigos saltaram. O armário estava lotado deles, todos embrulhados para presente, esperando uma provável pessoa para recebê-los. E dois cristãos saíram envergonhados daquela situação.

Com esses dois exemplos, você leitor pode compreender o porquê estou questionando minha fé?

Posso não concordar com algumas pautas dessas duas religiões citadas, mas tenho que concordar que quem as segue realmente crê no prega. E nós? Nós os cristãos que crêem na graça divina, cremos realmente no que falamos? Só posso dizer que não. Por que se crêssemos realmente faríamos obras maiores que as de Jesus, pois Ele mesmo nos prometeu isso. E o que fazemos? Questionamos outras religiões e pouco fazemos para ajudar.

É essa a fé que remove montanhas? É essa a minha fé? Não digo sobre ser fundamentalista, ou radical, isso é uma vertente errada. Mas digo sobre acreditar de fato e mostrar que acredita no que diz.

Um ateu tenta te provar por A mais B que Deus não existe, um TJ todo domingo fala a você sobre sua fé e não sai de lá enquanto você não mostrar que entendeu o recado dele, um muçulmano faz cinco orações por dia a Alá e fala sobre sua fé com toda convicção. E eu? Eu acredito na minha verdade, assim como eles acreditam?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Bíblia x Educação




Por que o crente insiste em não ler a bíblia? Não digo isso de todos, porque vejo pessoas que lêem as Escrituras várias vezes por dia e não se cansam de contar o que aprendeu com os ensinamentos do Senhor. Contudo ainda sim, vemos, infelizmente, uma maioria que insiste em não aprender de um Deus que nos deixou um manual de instrução tão eficaz. Comecei a analisar tudo isso numa aula de Português, em que se falava da educação brasileira. Pensei: será esse o problema dos cristãos, educação básica?

16 milhões de pessoas no Brasil são analfabetas, 50% da população é analfabeta funcional, ou seja, sabem ler este texto, mas não compreendem o que está escrito. Uma educação má formada, com maneiras arcaicas de ensino, professores despreparados, desmotivados e alunos que não entendem o que fazem na escola é a realidade comum das escolas do país. Se crianças crescem sem saber nem ler direito e fazer conta, o básico, o que farão quando crescerem?

Vejo quase em todos os cultos, o pastor falar sobre a importância da Palavra de Deus, o quão importante é a leitura e a aprendizagem na escola bíblica e em casa. Parece que essa pregação entra por um ouvido e sai rapidamente pelo outro. Como é difícil fazer a igreja ler a bíblia! Deveria ser como comer, respirar; afinal oração e leitura da Palavra é o básico para a sobrevivência de um cristão autêntico.

Entretanto, como poderão aproveitar tudo o que a Palavra pode lhes fornecer, se muitos não sabem ao menos noção de interpretação de texto? Para uns, esses verbos conjugados na 2ª pessoa do singular e do plural (tu, e vós) e em mesóclise (ser-me-ia, far-se-ia, ou algo do tipo) é pior que grego. Graças a Deus, agora há traduções de melhor compreensão que não usa mais essas definições arcaicas. Quando era pequena, acreditava que Deus falava com as pessoas usando mesóclise e apenas na 2ª pessoa. Existem pessoas que acreditam nisso até hoje.

Fico imaginando como um semi analfabeto consegue ler tal linguagem em sua casa. Realmente entender é uma obra do Espírito Santo. Contudo sempre aprendi que o Espírito nos trás a memória algo que já sabemos de antemão. Portanto, ressalto aqui a importância da noção de língua portuguesa para os cristãos.

E não apenas para os que querem ler a bíblia em casa, mas também aos que vão à escola bíblica. Certa vez entrei em uma classe onde estavam escritas na lousa duas palavras: “Satanáz” e “Ades”. Não foi erro de minha grafia, caro leitor, realmente estavam assim. Eu só não achei que o “Ades” era suco, porque tinha algo ao lado escrito parecido com Satanás, então concluí que poderia ser o Hades, dito na bíblia como o lugar que os mortos sem Jesus esperam o Juízo Final. Ou poderia ser mesmo o suco... quem sabe?

Não digo aqui em meu texto que os que cometem seus erros na língua portuguesa, são maus professores. De maneira nenhuma. Conheço a dedicação de muitos, o quanto estudam as Escrituras e se doam à obra de Deus. Ensinar a Palavra é algo de suma importância, mas é preciso mais que o conhecimento bíblico, afinal as escolas não tem ensinado o essencial e tal deficiência tem chegado a igreja. O desinteresse pela leitura vem de berço, vem da má formação do ensino do Brasil. Portanto, é papel da igreja ensinar um pouco mais que a Palavra para formar cristãos que sejam a diferença tanto na vida com Deus quanto em seu conhecimento.

O professor da Escola Bíblica deve ir aprofundar seu assunto e colocar a sua aula na situação da atualidade, para que seu aluno possa ter o que argumentar quando for questionado sobre sua fé. É preciso o conhecimento sobre política, esportes, música, biologia, história, geografia, atualidades para dar ao aluno a maior riqueza de detalhes possíveis e destacar o cristão em conhecimento não só da Palavra, mas do mundo ao qual ele deve pregar o que aprendeu. Isso não enriquece apenas aos que ouvem, mas muito mais ao professor, que aprende mais a cada aula.

Agora, alguns podem ler esse texto e arrumar nele uma desculpa: “Ah, não leio a bíblia porque a minha escola não me deu boa formação”. Se você pensou nisso, está enganadíssimo. Esta crônica tem o intuito de mostrar ao leitor, não uma desculpa para a falta da leitura da Palavra e sim uma solução para isso. E outra coisa: se você leu esse texto até agora e conseguiu chegar a tal desculpa, é porque pelo menos não é analfabeto funcional, portanto pode muito bem ler a bíblia sem dificuldade.

Se Deus nos deu a Bíblia é sinal que Ele queria que nós a lêssemos. Então, o papel do cristão que quer conhecer mais o Senhor, é identificar onde está o seu déficit educacional e procurar saná-lo. O conhecimento está cada vez mais difundido, não é difícil voltar a estudar, fazer algum curso, pesquisar o que não entendeu na internet.

Ser cristão é ser imitador de Cristo. Jesus, diz a bíblia, cresceu na estatura, na graça de Deus e dos homens e em sabedoria. E você tem imitado a Jesus?

Reflexão num ônibus lotado

Poucos lugares são mais incômodos que um ônibus lotado. Nele encontramos todos os tipos de pessoas possíveis: aquelas tagarelas que não param de falar da vida alheia, com uma voz enjoada, pessoas com um gosto musical incrivelmente ruim, que fazem questão de exibi-lo com um celular num volume muito alto, e outros que dormem alheios a tudo isso, trazendo o cansaço nas costas. Nesse dia, não pertencia a nenhum desses grupos. Estava alheia a muita coisa, mas estava acordada, olhando através da janela o movimento dos carros na rua.

Foi quando vi um adesivo em um carro escrito: “Jesus te ama”. Se fosse outro dia me passaria despercebido, contudo naquele momento uma pergunta me veio à mente: “por que essa frase é a mais conhecida dos cristãos, sendo que ela nem mesmo se encontra na bíblia?”.

Passei todo aquele trajeto pensando nessa questão. Essa frase realmente não se encontra nas Escrituras, se formos analisar. Na verdade, Jesus disse pouco sobre o amor Dele pela humanidade em seus discursos. Lembro-me que no livro de João 15:12 ele fala: “meu mandamento é que amem uns aos outros como eu os amei”, entretanto são poucos os seus discursos em que ele declara amar a humanidade de fato.

Isso me fez pensar no que Jesus acha que é o amor. Cheguei em casa e fui correndo até a bíblia. Abri no versículo áureo do amor, I Corintios 13. “O amor é sofredor, é benigno, não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não aceita injustiça e sim a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Tendo lido isso, fui até outra passagem em João 14:15 no qual dizia: “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos”.

Isso me fez concluir, o que de fato é o amor: é uma decisão de vida. Sempre quando é dito sobre esse assunto, trás consigo uma prova, uma ação. Portanto se Jesus tivesse dito mil vezes, “eu amo a humanidade”, e não tivesse feito nada por todos nós, tivesse morrido velhinho, em uma casa luxuosa em frente ao mar da Galiléia, com muito dinheiro; ninguém diria com tanta convicção: Jesus te ama ou ainda Deus é amor.

O amor retratado na bíblia na figura de Cristo, provém da palavra grega Ágape: o amor que faz algo por alguém sem esperar nada em troca. Existem ainda várias palavras definindo vários tipos de amores diferentes: Eros – o amor carnal, Storge – ama porque alguém o amou primeiro, Philos – amizade.

Quando Jesus fala para amarmos uns aos outros, ele fala Ágape. Quando Ele nos diz para amarmos nossos inimigos, também é a palavra Ágape. Um amor que faz algo pelos outros, não querendo nada em troca, algo que não se resume a um sentimento, mas sim em uma decisão de fazermos o bem a outra pessoa, cumprindo os mandamentos de Deus. Jesus não queria morrer na cruz, tanto que os relatos no Getsêmani descrevem que Ele pediu ao pai para que “esse cálice fosse afastado dele”, contudo Jesus tomou uma decisão diante do momento de hesitação e se entregou, deixando cumprir em si mesmo a maior prova de amor do mundo, morrendo por nossos pecados. Por uma atitude, hoje todos os cristãos dizem, pregam, colocam adesivos nos carros com os ditos “Jesus te ama”. Não foram suas palavras, foi sua ação.

Posso concluir que o amor real é uma atitude, assim como Stanislavisk, um famoso teatrólogo do século XIX, falava que para gerar um sentimento no ator, era necessária uma atitude, Jesus diz que para gerarmos o amor, é necessária uma decisão e uma ação. Portanto, diante de tudo isso, vejo que nós cristãos precisamos reaprender sobre o amor e não apenas falar do amor Cristo, pois isso nem Ele mesmo o dizia quando estava na Terra. Devemos mostrá-lo em atitudes, gestos e testemunho de vida. A tagarela do ônibus precisa da minha atenção, o chato com o celular precisa do meu respeito, o cansado precisa da minha ajuda.

O meu 1º Post...


O meu 1º post não é tão importante assim. É só para falar o que você vai encontrar nos outros posts!
Se quiser ler opiniões, fatos, idéias é aqui mesmo! Nas minhas crônicas quero expor minhas opiniões sobre tudo que vejo no mundo ao meu redor. O mundo é feio, mas também sabe ser engraçado, e mais ainda... sabe ser muito estranho e surpreendente!
Não quero deixar nada passar despercebido: amizade, igreja, faculdade, vestibular, política, cultura... olhei? É comentário!
Beijos a todos os que me acompanham! Não deixem de ler!