A primeira vez que eu entrei em contato com essa droga, eu era muito, mas muito nova mesmo. Um garoto da escola me ofereceu e ele era o mais bonito e popular da classe, eu não poderia negar.
No começo foi tudo de boa, eu estava curtindo um "barato muito loco". Você sente uma palpitação, um frio na barriga, uma alegria extrema. Tem aquela vontade de nunca mais deixar de sentir toda aquela euforia. Esquece todos os problemas e quase todas as suas atitudes passam a ser feitas sob o efeito da dopamina.
Mas uma hora ou outra os efeitos colaterais da droga começam a aparecer. Vem a tristeza o sentimento de rejeição e aí você se pergunta: "por que isso aconteceu?" . E aí pensa consigo: "Eu vou parar com isso".
Quantas vezes já falei isso e quantas vezes caí no vicio de novo? Eu não quero mais voltar para a dopamina, mas parece que por onde eu olho tem viciados que insistem em oferecer essa droga pra quem faz de tudo para largar o vício. E, quando não oferecem, por querer ou sem querer, me pego indo em busca disso.
Mas, claro, estou aqui porque tenho esperança de sair do vício da dopamina, ou como todos chamam, paixão. E vou seguindo assim, um dia de cada vez.
Hoje eu não me apaixonei. Eu acho.
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